quinta-feira, 28 de outubro de 2010 | By: Shirley Cabral de Vasconcelos

Desaparecidos

Barcos naufragados
Sonhos despertados
Vozes que se calam
Almas que vagam
Lua que se esconde
Por trás do céu nublado

E, para onde vão
Nossas coisas interompidas?
Nossas coisas desaparecidas?
Desaparecidas, mas não esquecidas

E, onde estão
As palavras que na boca não chegam?
A beleza que está desaparecida no espelho?
E o forte vermelho
Das brasas que depois se apagam?
Para onde vão e estão
Quando pensamos que elas acabam
Como triste ilusão?

Para onde vão...
Os beijos não dados
E as folhas caídas no chão
Perdidas, que voam,
o choro abafado
E as coisas que não se perdoam?

Onde está a desaparecida calma
Que aquieta o perigo
Os desaparecidos?...
Que por alguns fortes motivos
Continuam por nós, ainda não esquecidos

Suspiros de uma paixão

Tão constante
como os movimentos
Dos ponteiros de um relógio
É o desejo...
Que eu sinto pelo teu corpo
Assim, também
Plenamente vivente
São as lembranças
que eu tenho
De você e do seu rosto

Meu corpo
Mesmo que, passado algum tempo
Ainda sente teus toques
Delicamente lentos...

Você vagava
E, por mais que agora
Eu não queira, ainda vaga
Nos meus desejos mais secretos

Sempre tão lindo
Com toda essa sua expressão
de um homem menino
Pra mim sorrindo,
É um belo presente divino

Me rendi...
A tal paixão
E, tão assim
que eu te quis
Suspirei e me perdi
Nesse mundo da paixão

Você, tão perfeito reflexo
Refletido em qualquer espelho
Rende-me e leva-me
Pelos cabelos
E, em suspiros de paixão
Me realizo ao tê-lo

Mas, no desgosto
do meu gosto
Várias lágrimas
Correram no meu rosto

Quando você desencantou
Deixou de ser
Meu príncipe encantado
Quando o sonho acabou
Como o mesmo suspiro apaixonado
Que, por você dei, no segundo passado

( Fevereiro, de 2010 )



Morena beleza

Inefáveis traços de contornos perfeitos
Desenham a beleza morena do teu corpo
De extrema beleza são feitos
que não há nenhum sentido morto

Que não ressuscite ao olhar-te
Foge por ousadia, a vontade contra
De fugir e fingir não querer-te
Caída por ti, já se encontra

Toda minha força e fraqueza
Do meu corpo não sou mais dona
Quando me rendo à tua beleza

À essa tua morena beleza
Que me deixa fácil presa numa redoma
e faz ser forte toda minha fraqueza
Quando minhas feras, você doma
segunda-feira, 25 de outubro de 2010 | By: Shirley Cabral de Vasconcelos

Quem me dera...

Quem me dera...
que assim como,
tão fácil fosse,
te beijar...
Fosse, tão prazeroso e simples
Te esquecer...

( shirley Vasconcelos )

Rosas e espinhos no travesseiro

Não conto as vezes
que pra ti, escrevi tantos versos
Que derramei tantas lágrimas
E, em meio a tantos sentimentos diversos
Continuo aqui, por ti, bem mais apaixonada

Me contentando apenas
com teu olhar distante
com doces lembranças
E apenas um solitário toque
Nos lençóis da tua cama

Agarrando a saudade
Fiz dos meus pensamentos
minha realidade
 Do toque ao travesseiro
Ousei sentir e beijar
Teu corpo inteiro
E desejando te sentir e amar
Chorei rosas e espinhos
No travesseiro...

( shirley Vasconcelos )
segunda-feira, 20 de setembro de 2010 | By: Shirley Cabral de Vasconcelos

NOVA VIDA



Quando a vida
Me fechou todas as portas,
e o vento
Me soprou pro infinito
Vi meus sonhos
e desejos consumidos,
por um triste vazio.

Mas um detalhe,
Chamou minha atenção:
As portas fechadas
E o vento infinito,
Não queriam me transportar
Pra lugar algum
Apenas me " casular ",
transformar
meus sentimentos,
renovar meu coração,
dar asas aos meus sonhos,
poderes às minhas mãos.

Por um momento,
As portas fechadas
e o vento infinito
fizeram tal metamorfose comigo.
E com um novo espírito,
Abriram-se as portas
de uma nova vida.
acalmou-se o vento
tristezas mortas,
novos tempos!

( Magna Vanuza & Shirley Vasconcelos )

sábado, 18 de setembro de 2010 | By: Shirley Cabral de Vasconcelos

SONETO DA DIREÇÃO DO RECOMEÇO



Pegue o mesmo transporte,
A tua Vida
Tenha sempre pronto, nas mãos um passaporte
Para uma fuga, uma partida.

Mude de direção
Quando o agora te decepcionar
Pegue teu já maltratado coração,
E  aprenda novamente a amar

Pegue o mesmo Violão
Mas toque  músicas novas...
Pegue essa solidão e jogue fora!

Aos seus rumos, dê um novo endereço
Mas procure não cometer os mesmos erros
Como os  pássaros, encontrarás a direção do Recomeço.

Shirley Vasconcelos

FABRICANDO UM POETA




Triste Vida que pesa sobre a realidade
Que ao longo dos dias
Pesa também a saudade
Das coisas que viveu
E não viverá jamais
Do amor que sente
Que parece não desaparece nunca mais
Acerta-lhe o coração
A flecha da solidão
Que muito lhe fere
Da falta da presença e da emoção
Do amor que prefere
Perdeu a Beleza
A graça do Céu estrelado
Do dia ensolarado
Mas descobre a Poesia
Nessa Vida de amor já vazia
Corre a Caneta nas mãos do poeta
Encontrando uma maneira
De amenizar sua dor secreta
Os sentimentos caem
Na folha em Branco do Papel
Como a água que fertiliza a terra
Quando em forma de chuva, cai do Céu
Costurando palavras
Para dar vida à sua dor  
Para dar vida à sua fala
Que a tristeza calou
Buscando matéria Prima
Para a sua poesia
Na ponta da caneta, surgidas estão
Jogadas no papel
As palavras que deseja
Completa-se por fim
A poesia e sua fabricação
Com a caneta, o papel,
O poeta e a solidão.

Shirley Vasconcelos
quinta-feira, 9 de setembro de 2010 | By: Shirley Cabral de Vasconcelos

A BELEZA DE UMA LÁGRIMA


Como um lindo sonho
A realidade agora se veste
Os versos que componho
Fazem a canção de amor
que não se esquece

Mas, o tempo muda
E a saudade de viver o que passou
Vive em nós
Nasce uma lágrima
gota calada
orvalhando sentimentos
levados pelo tempo

mas como é belo
deixar uma lagrima rolar
assumindo o amor
como única coisa na vida
que não pode faltar
( Shirley Vasconcelos )

SONETO: A VOLTA




                                                                                      Imagem: sol.sapo.pt


Eu voltei aquele mesmo lugar
Aos meus olhos, nada estava diferente
Eu desejava ainda te amar
Mas, você não estava ali presente

Sozinha, via que tudo parecia
Estar, estranhamente do mesmo jeito
Mas, faltava você e a tua alegria
E tudo perdia o sentido do perfeito

Daquele tempo para cá
Eu, Talvez tenha mudado de sentimento
a magia, que nos envolvia não estava mais la

tudo acabou com o passar do tempo
eu desejava dizer já
E tudo voltar a ser como nos velhos bons tempos

( SHIRLEY VASCONCELOS )