Triste Vida que pesa sobre a realidade
Que ao longo dos dias
Pesa também a saudade
Das coisas que viveu
E não viverá jamais
Do amor que sente
Que parece não desaparece nunca mais
Acerta-lhe o coração
A flecha da solidão
Que muito lhe fere
Da falta da presença e da emoção
Do amor que prefere
Perdeu a Beleza
A graça do Céu estrelado
Do dia ensolarado
Mas descobre a Poesia
Nessa Vida de amor já vazia
Corre a Caneta nas mãos do poeta
Encontrando uma maneira
De amenizar sua dor secreta
Os sentimentos caem
Na folha em Branco do Papel
Como a água que fertiliza a terra
Quando em forma de chuva, cai do Céu
Costurando palavras
Para dar vida à sua dor
Para dar vida à sua fala
Que a tristeza calou
Buscando matéria Prima
Para a sua poesia
Na ponta da caneta, surgidas estão
Jogadas no papel
As palavras que deseja
Completa-se por fim
A poesia e sua fabricação
Com a caneta, o papel,
O poeta e a solidão.
Shirley Vasconcelos
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